Folha de S. Paulo: Erenice fez pressão por empresa de padrinho
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FOLHA DE S. PAULO
Erenice fez pressão por empresa de padrinho
Erenice Guerra usou uma carta enviada à então titular da Casa Civil, Dilma Rousseff, para pressionar a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 2007 em favor da Unicel Telecomunicações. O marido de Erenice, José Roberto Campos, era consultor da empresa.
Em janeiro de 2007, o presidente da Unicel, José Roberto Melo e Silva -padrinho de casamento de Erenice e Campos- mandou uma carta para Dilma com graves acusações à Anatel.
Erenice, que era secretária-executiva da Casa Civil, mandou cópia da carta ao então presidente da Anatel, Plínio Aguiar Júnior, e cobrou explicação urgente.
O empresário acusava a comissão de licitação e a procuradoria da Anatel de mentirem à Justiça Federal, de vazarem informações para empresas de fora da licitação e de coagirem o advogado da Unicel, Gabriel Laender -que depois foi nomeado assessor na Casa Civil.
A empresa tentava obter concessão para oferecer telefonia celular na Grande São Paulo, numa licitação iniciada pela Anatel, em 2005. Foi a única a apresentar proposta, mas depositou garantia aquém da exigida no edital -R$ 930 mil em vez dos R$ 9,3 milhões, graças a uma liminar obtida na Justiça.
A pressão da Casa Civil na Anatel, agora comprovada por documentos obtidos pela Folha, foi relatada em setembro pela revista "Veja".
Ficha Limpa vale para eleição deste ano, decide STF
Eleições 2010: Em sessão tumultuada, Supremo barra Jader Barbalho para o Senado e referenda posição do TSE
O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 7 votos a 3, referendar a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e considerar a Lei da Ficha Limpa constitucional e válida para este ano.
A sessão, tensa e tumultuada, julgou recurso de Jader Barbalho (PMDB- PA).
A exemplo do caso do ex-governador Joaquim Roriz - que também renunciou ao cargo para não ser cassado -, o julgamento terminou empatado. O impasse terminou com a sugestão do ministro Celso de Mello de manter a decisão já tomada pelo TSE no mesmo caso.
Outros casos, como o do deputado Paulo Maluf (PP-SP), serão analisados um a um. Ministros ouvidos pela Folha tinham dúvida se o STF poderá decidir de forma diferente. O 11º integrante da corte, a ser indicado por Lula, pode votar o desempate.
Para Serra, SP não precisa ser investigado no caso do metrô
No mesmo dia em que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse o governo de São Paulo não precisa ser investigado no caso da licitação de lotes da linha 5 do metrô, sua adversária do PT, Dilma Rousseff, foi irônica ao afirmar que espera que "pelo menos desta vez" se investigue a gestão tucana.
"Não [precisa investigar a gestão do Estado de São Paulo], porque não teve nada", disse Serra, que acusou o governo federal de cometer irregularidades nas licitações.
"A propósito de concorrência acertada, quem faz isso publicamente e abertamente e nunca ninguém disse nada é o governo federal", disse Serra, em Recife.
"Eles escolhem as empresas e depois fazem a concorrência já tendo combinado como faria", completou.
Ele afirmou que a licitação do metrô não ocorreu na sua gestão e que foi anulada "porque os preços não eram bons". "O governo fez de novo -portanto defendeu- e eles dizem agora que os vencedores já eram sabidos."
Serra atribuiu a denúncia ao período eleitoral e disse que "não precisa ser muito adivinhão" para saber que apenas duas empresas possuem o "tatuzão", equipamento de perfuração utilizado na obra em São Paulo.
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